Em dezembro de 2019, o MEC autorizou as instituições de ensino superior a ampliar de 20% para 40% a carga horária de EAD em cursos presenciais de graduação. A medida favorece ainda mais a consolidação do ensino híbrido. Uma das principais tendências da educação do século 21, o modelo híbrido combina práticas de ensino presencial com o aprendizado remoto.
Mas se a nova portaria não é suficiente para convencer que o ensino híbrido é um caminho sem volta para as IES, separamos outras 4 razões que reforçam esse entendimento. Confira:
O melhor das duas modalidades
Primeiramente, a união entre os ensinos presencial e a distância faz com que o modelo híbrido reúna os principais benefícios de cada um. Um exemplo é que o relacionamento de cada estudante com colegas e professores se mantêm nos encontros presenciais. Estes que são momentos dedicados a atividades práticas ou ao esclarecimento de dúvidas.
Por outro lado, o aluno pode definir seu ritmo de estudo com os conteúdos disponibilizados online, sem precisar se deslocar até a IES. Em um estudo realizado pela consultoria Educa Insights em 11 capitais brasileiras, mais de 45% dos entrevistados disseram que “não ir ao campus todos os dias” é o principal benefício dos cursos híbridos. Em Curitiba, esse índice chega a 73%. Uma amostra de que o conceito está bem difundido entre os alunos e a comunidade acadêmica.
Número de matrículas
No Brasil, as matrículas em cursos híbridos de IES privadas passaram de 1% em 2016 para 7% em 2019. PUC-PR (Paraná), Universidade Vila Velha (Espírito Santo), Unigranrio (Rio de Janeiro), Univali (Santa Catarina), UniAmérica (Paraná) e Centro Universitário IESB (Distrito Federal) são marcas que já aderiram ao modelo.
Para 2023, a projeção é que os cursos híbridos representem 21% da oferta. Atualmente, o país tem 8,4 milhões das matrículas. Assim, os cursos híbridos estariam próximos de atender 1/5 do mercado.

Dados: Educa Insights
Regionalização
O recorte regional aponta essa evolução em todos os estados brasileiros. Se até 2013 mais de 95% das novas matrículas em Educação a Distância nas IES de todas as regiões do Brasil optavam pelo modalidade 100% online, desde então o que se percebe é a gradual substituição da escolha pelo modelo híbrido.
Em 2017, o ensino híbrido passou a marca de 10% das novas matrículas na modalidade EAD em todas as regiões. Assim, alcançando, em 2018, 21% das novas matrículas na Região Nordeste e 23% na Região Norte.

Dados: Educa Insights
Quem é o aluno do híbrido
Trabalhador com mais de 26 anos, das classes B2 e C, responsável pelo pagamento da mensalidade. Este é o perfil majoritário do aluno que opta pela modalidade híbrido no ensino superior. As informações foram levantadas em estudo feito pela Educa Insights com estudantes de graduação de todo o Brasil.
Essas também são características dos alunos que estudam à noite. O que mostra estreita relação de interesse entre os estudantes noturnos e a modalidade híbrida.
Quero conhecer o perfil e os interesses acadêmicos dos meus futuros alunos!
Conforme o estudo, 81% dos alunos de cursos híbridos e 80% dos alunos noturnos pagam a mensalidade do seu curso. Os percentuais se aproximam também nos dados citados anteriormente. Como, por exemplo, trabalho (76% e 85%, respectivamente), classe social B2C (67% e 72%), e idade acima dos 26 anos (48% e 68%).

Dados: Educa Insights
Por fim, como você viu acima, o ensino híbrido é um caminho sem volta. As IES que estão surfando nesta onda, só tendem a se destacar.
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